Crise dos sete anos: sim, ela existe! Conheça os sinais e saiba como superar
“Com o tempo, o parceiro pode ficar desinteressante para o outro”, diz sexólogo
Yuri_Arcurs/Stock Photo; Divulgação
Você já viu aquela cena em que Marilyn Monroe
tem o vestido levantado em plena rua? O incônico momento do cinema está
na comédia "O Pecado Mora ao Lado", que tem como título original em
inglês “The Seven Year Itch” ou, na tradução, “A coceira dos sete
anos”. Pois é, em 1955 já se discutia a chamada crise dos sete anos,
aquela que coloca em risco relacionamentos apararentemente instáveis, e
continua assombrando casais até hoje. Apesar de ser vista por muitos
como uma lenda, ela existe sim.
“O relacionamento conjugal é a relação mais difícil que existe. Difícil, porque é baseada na subjetividade,
ou seja, no espaço íntimo de um indivíduo. É também natural que com o
passar do tempo as pessoas mudem. Isso significa que, aquilo que um dia
foi interessante no parceiro, pode se tornar desinteressante no outro”,
afirma o ginecologista e sexólogo Dr. Amaury Mendes Júnior.
A falta de admiração é uma das primeiras indicações de
que algo não anda bem na relação, diz o médico. “De nada adianta se a
pessoa tem, por exemplo, um físico fantástico, vive na academia. É
essencial que o casal faça trocas de seu crescimento relacional, aponte,
diga o que é importante. Isso é muito importante para poder envelhecer
juntos”. Não falar e não ser ouvido, estar presente, mas ausente, e não despertar qualquer tipo de atratividade sexual também são sintomas do problema, afirma o especialista.
De acordo o sexólogo, o fundamental para superar a crise
é aceitar o outro como ele é, e não como foi idealizado. “A partir
desse momento as pessoas começam a verdadeiramente a se conhecer, a se
observar. Enxergam virtudes, defeitos, carácter. Por isso digo que envelhecer junto é uma arte. Não é fácil, ainda mais nos dias de hoje, em que nada se perdoa, não se deixa para trás”.
E se de um lado o senso comum diz que, se um casal passar bem pela
crise dos sete anos, tudo que acontecer dali para frente será mais fácil
de se resolver, o médico Amaury Mendes Júnior afirma: “Cada crise é
diferente, cada idade é uma idade. A verdade é que cada um fica mais resiliente para enfrentar as crises, no entanto, elas podem voltar a acontecer completamente diferentes uma das outras”, diz.
Aurora Aguiar
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